O centro de Curitiba (e de tantas outras cidades): problema ou solução?

Já faz tempo que os centros urbanos deixaram de ser os lugares disputados para viver. Quem cresceu em Curitiba lembra: era no centro que tudo acontecia — comércio, cultura, lazer, moradia e trabalho, tudo num mesmo espaço. Mas o tempo passou, e a cidade foi se espalhando. Muita gente migrou pra bairros como Batel, Ecoville, Champagnat, em busca de mais tranquilidade, segurança e estrutura. O centro, que já foi o coração da vida urbana, ficou cada vez mais comercial e administrativo. Resultado? Menos gente morando, mais imóveis vazios.

E isso não é exclusividade de Curitiba. Várias cidades do Brasil e do mundo viram esse movimento acontecer. Entre os motivos estão o alto custo dos terrenos, a dificuldade de adaptação de prédios antigos às exigências atuais, a falta de segurança e até o novo estilo de vida das pessoas, que passaram a priorizar bairros planejados, com melhor infraestrutura.

Os desafios do centro hoje:

  • Insegurança: com menos movimento à noite, várias áreas centrais acabam ficando desertas e mais vulneráveis.
  • Terrenos caros e burocracia: construir habitação popular no centro ainda é caro e pouco viável com as regras atuais de zoneamento.
  • Prédios sem uso: muitos imóveis comerciais estão vazios ou desatualizados, fora do perfil da demanda atual.
  • Mobilidade afetada: como pouca gente mora perto do trabalho, o deslocamento diário pesa no trânsito e na qualidade de vida.

Dá pra mudar esse cenário?

Dá, sim — e o centro pode, inclusive, ser parte da solução. A infraestrutura já existe: transporte público, comércio, serviços, espaços culturais. O que falta é reequilibrar o uso do território, trazendo de volta o componente mais importante de uma cidade: GENTE morando. E isso pode acontecer com algumas iniciativas práticas:

  • Reforçar a segurança e melhorar os espaços públicos pra atrair moradores.
  • Facilitar o retrofit e a adaptação de prédios antigos para uso residencial.
  • Atualizar o zoneamento e permitir novos tipos de moradia no centro.
  • Criar incentivos para ocupar imóveis vazios e devolver vida ao centro.

A verdade é que revitalizar o centro não é só uma questão estética ou técnica. É sobre devolver identidade, dinamismo e pertencimento. O centro não precisa ser um problema. Com planejamento, pode voltar a ser um lugar desejado pra viver, trabalhar e circular.

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