Aliada à menores taxas de juros, construção cresce o dobro do PIB em 2019 e alavanca os fundos do setor imobiliário sai do fundo do poço com a estimativa de impulsionar a economia em 2020
De acordo com especialistas, a expectativa é que o avanço da construção chegue a 3%, sendo considerado o motor de crescimento da economia para o próximo ano.
A expectativa é que a construção civil – a qual desde 2013 não crescia acima do PIB – encerre este ano com crescimento de 2%, o dobro da previsão para a expansão da economia, que gira em torno de 1%. Tendo em vista que, segundo dados divulgados pela Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), a construção civil foi responsável pela criação de cerca de 117 mil novos postos de trabalho neste ano, o que corresponde a 13% de todas as vagas geradas em 2019.
No último dia 19 (quarta-feira), o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgou que foram criados 948 mil postos de trabalho com carteira assinada neste ano. Somente em 2019, o setor imobiliário foi responsável pela geração de 10% dos novos postos de trabalho com carteira assinada do país.
Outro fator importante para o crescimento do setor é a Selic (taxa básica de juros) no menor patamar histórico, permitindo a inclusão de milhares de pessoas no sistema de crédito Além de, a inflação também estar contribuindo para um investimento de renda fixa ou poupança que possa ter taxa de rendimento próxima de zero ou até mesmo negativa.
Segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), os fundos imobiliários tinham R$ 105 bilhões em patrimônio líquido em outubro de 2019. Também, o estudo feito pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), mostra que a cada ponto percentual de redução nos juros imobiliários, pelo menos 2,8 milhões de famílias passariam a ter condições de contratar esse tipo de crédito.
– Fonte: Folha De S.Paulo
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